Transformar o campus da FPL Educacional em um hub de inovação, atraindo startups, empresas de tecnologia, centros de pesquisa e investidores. Este é o fundamento principal do Evertech, o parque tecnológico proposto pela nova diretoria da faculdade, que tem à frente o engenheiro Eduardo Nassif. “Queremos associar a excelência educacional da instituição, que lhe valeu a avaliação como uma das seis melhores faculdades de Minas, ao desenvolvimento de novas tecnologias e soluções inovadoras nas mais diversas áreas, atendendo as empresas e atraindo investimentos para a região”, explicou o diretor da FPL.

Foi neste contexto que a faculdade apresentou o projeto e seus parceiros aos candidatos à prefeitura de Pedro Leopoldo.  Angelo Tadeu (MDB), Emiliano Braga (PP)  e Márcio Rogério (PT) ouviram as explanações de quem já se juntou ao projeto, caso de Janes Landre, da Vibracon Academy, empresário e professor da PUC com doutorado em Metalurgia; Wille Muriel, consultor na área de Educação; Juliana Matos, do Instituto Veiga Matos e Rafael Caldas, do Vetor Norte Valley, ecossistema de inovação que reunirá startups no Parque Tecnológico.

Wille, da empresa Carta Consulta, descreveu sua experiência de 30 anos e mais de cem projetos em instituições de ensino no Brasil e no exterior, em especial nos Estados Unidos. “Com o Parque Tecnológico, a FPL tem a oportunidade de gravar um registro grandioso na nossa história. Trata-se não apenas da visão acadêmica ou gestora, mas de não abrir mão da qualidade ao formar profissonais”, disse o consultor. Já Juliana Matos salientou que não se fala mais em empregabilidade e sim em trabalhabilidade, “pois as pessoas têm várias habilidades e trabalham para várias empresas”.

James Landre se impressionou com o carinho que as pessoas têm com a FPL e está trazendo seus 45 engenheiros para colaborar com o projeto. “Estamos aqui para transferir tecnologia, trocar ideias e contribuições para construir algo novo”, observou. Rafael Caldas ressaltou a sinergia de propósitos entre os parceiros e afirmou que inovação vai além de tecnologia. “É uma maneira nova de olhar e lidar com as coisas, de maneira a gerar negócios de alto impacto e, consequentemente, desenvolvimento da sociedade e melhoria da qualidade de vida”, apontou.

Retomando o Evertech

A iniciativa da FPL teve um importante reforço com o apoio do empresário Milton Vianna Dias, da Precon, que, há vinte anos, pensou o Evertech Park, um parque tecnológico compondo seu empreendimento imobiliário na região. “Quando Dr. Milton viu que nós estamos avançados com o parque tecnológico, nos entregou o plano que ele criou há vinte anos e eu não tiro uma palavra do que ele escreveu, inclusive o nome. Ele já estava atento à conexão entre empresas que usam tecnologias e a educação. Agora, ele sentiu que a ideia tomou corpo e vai se tornar realidade”, afirmou Nassif.

A FPL teve a visita, nesta terça, 20/8, do subsecretário de Ciência e Tecnologia do governo mineiro, Lucas Mendes, que, segundo Nassif, entendeu que o projeto vai desenvolver base tecnológica e, ao mesmo tempo, atender às empresas da região. “Ele se colocou à disposição para nos orientar sobre os caminhos para a instalação do nosso parque tecnológico, incluindo as fontes de recursos, e fez recomendações muito boas no sentido de não queimar etapas, mas entendeu perfeitamente onde queremos estar e confia plenamente que chegaremos lá”, revelou o diretor da faculdade.

Uma das principais características do parque tecnológico é a integração entre a instituição de ensino e as empresas, o que facilita a transferência de conhecimento, pesquisa aplicada e desenvolvimento de projetos conjuntos, o que potencializa a qualidade da educação e o desenvolvimento empresarial por meio da aplicabilidade do conhecimento. “Um hub de inovação cria oportunidades de emprego em alta tecnologia e inovação, o que torna a região mais atraente para profissionais qualificados e contribui para a retenção de jovens talentos nas empresas locais”, destacou o diretor da FPL.

O que os candidatos pensam

Os três candidatos à prefeitura se colocaram à disposição da FPL para colaborar no sucesso do empreendimento. Angelo Tadeu, do MDB, lembrou que já foi presidente da FPL e que a iniciativa de revigorá-la é muito importante para Pedro Leopoldo. “Uma parceria entre a faculdade, a iniciativa privada e o poder público pode sim viabilizar o parque tecnológico. A prefeitura com certeza vai seguir junto, auxiliando nos licenciamentos, nas normas, criando distritos industriais e infraestrutura como os acessos que a administração municipal está entregando, como a Via norte e a ligação com Neves”, disse Tadeu.

Para Emiliano (PP), a geração de receita para o município tem que vir do setor privado, porém o fomento tem que ser feito pelo poder público. “E quando o fomento é para uma faculdade e para um local de produção tecnológica e geração de conhecimento, ele é potencializado. Você não só gera riquezas, mas também promove desenvolvimento social ao trazer oportunidades para todos. Eu acredito que o poder público tem um papel fundamental ao investir, valorizar e se incorporar ao projeto e, com isso, fazer com que os resultados sejam atingidos mais rapidamente. Ao mesmo tempo em que cria um núcleo de inovação dentro da prefeitura para se comunicar com iniciativas semelhantes”.

Já  o candidato do PT, Márcio Rogério, além de defender o apoio da prefeitura à iniciativa da FPL, acredita que este contato entre a escola e a inovação tecnológica deve começar o mais cedo possível, como apontou uma professora presente ao evento. “A escola pública tem que se preparar para proporcionar conhecimento na área tecnológica desde o ensino básico e a prefeitura tem um importante papel neste esforço, capacitando os professores e investindo em equipamentos que potencializam o aprendizado. No nosso programa de governo, inclusive, um dos tópicos na área de Educação é garantir  tecnologia inclusiva e acessível a todos”, afirmou.