Por enquanto, podemos (e devemos) procurar Deus em nossas casas ou em qualquer lugar sem aglomerações, afinal vivemos o pior momento da pandemia. Mas assim como a praça do Vaticano voltará a se encher de católicos e a grande mesquita de Meca novamente abrigará milhares de muçulmanos, Pedro Leopoldo também poderá ter seu espaço para a espiritualidade quando tudo isso passar. Esta é a ideia do artista plástico Márcio Barbosa, que sonha com um local de encontro religioso, cultural e artístico no alto do morro atrás do Cepel. Uma intervenção urbana/cultural em um dos mirantes mais belos da cidade, marcado por um monumento, assim como os vários Cruzeiros e Cristos Redentores existentes pelo país afora.
“Seria um lugar para encontros dos segmentos religiosos e folclóricos de várias tendências, apresentações de bandas musicais, corais, peças teatrais, exposições e oficinas para iniciação em Artes. Tudo isso ao redor de um monumento grande e iluminado para ser visto de longe”, descreve o artista, que guarda a maquete da concepção artística em seu ateliê da rua Esporte, ao lado da sua empresa, a Consert. “É uma iniciativa para ser feita por voluntários, órgãos públicos e empresários com o apoio da população, pois só unidos podemos mudar o horizonte da nossa cidade”, completa .
Para o ambientalista Rogério Tavares, o espaço localizado bem no coração do “Caminho de Luz” alusivo à trajetória de Chico Xavier, nos remeteria a um espaço de encontro ecumênico, onde o ser humano se conectaria com o sagrado através das diversas religiões e formas de espiritualidade. Além da vista privilegiada que proporcionaria, da qual fazem parte importantes áreas verdes como a matas da Fazenda Modelo, RPPN Sol Nascente, parques Andyara e Capão.
“Um espaço para nos inspirar a celebrar o Centenário da Cidade – Pedro Leopoldo fez 97 anos em janeiro – e a construir os próximos anos do Novo Centenário, trazendo a valorização de nossa memória histórica e cultural e vislumbrando uma cidade próspera”, observa Rogério.