Lidyanne Maria Reis Marques estuda na sala 118 do turno Matutino, na Escola Estadual Imaculada Conceição. No concurso de redações do colégio, escreveu sobre a esperança de sonhar
Sonhar não é tão fácil quanto parece. Tudo depende do seu ponto de vista, é claro, mas em geral sonhar requer uma coisa que nem todos possuem: esperança. E acho válido mencionar que, além de esperança, requer força de vontade para fazer desse sonho uma realidade.
O meu eu, de 5 anos, possuía sonhos muito bem definidos. Meu primeiro sonho foi o de abrir uma clínica veterinária e cuidar de todos os cachorros do mundo. Parei de sonhar com isso quando descobri que veterinários também cuidam de outros animais, até mesmo dos mais exóticos, como aranhas e cobras. Sempre me perguntava; “meu Deus, quem cria uma cobra?”, até entender que criá-la poderia ser o sonho dessa pessoa. Com isso aprendi que não devemos julgar um sonho que não é nosso. Depois, quando comecei a escutar k-pop, minha imaginação ganhou asas e passei a desejar me mudar para a Coreia do Sul, onde iria fazer uma audição para alguma empresa e dessa forma iria estrear em algum grupo e alcançaria o sucesso mundial. Foi uma fantasia muito boa, hoje em dia me rende muitas risadas, além de me lembrar que, para uma criança, nenhum sonho é ridículo, ou impossível. Mas mudei de objetivo quando percebi a quantidade de pessoas tristes no mundo. Queria ajudá-las, de alguma forma, então passei a sonhar em ser uma psicóloga. Devaneio com isso até hoje, eu acho. Ainda tenho algum tempo para escolher o sonho que vai ser o meu futuro.
Todos esses sonhos de infância me ajudam a entender que eles podem mudar. Podemos acordar com um sonho em mente e ir dormir com outro em seu lugar, e tudo bem, porque assim como nós mudamos com o tempo, os sonhos também nos acompanham. Também entendo que sonhar é algo muito além de desejar uma coisa, é ter esperança. Quando sonhava em ser veterinária, tinha a esperança de descobrir um antídoto que garantisse a vida eterna para todos os bichinhos de estimação, para que jamais precisássemos dizer adeus. Quando sonhava em ser uma cantora famosa, tinha a esperança de que, dessa forma, as pessoas me reconhecessem. E quando sonho em ser psicóloga, tenho a esperança de fazer do mundo um lugar com sorrisos mais tranquilos e sinceros.
Quero sonhar um sonho no qual todos tenham esperança.
Saiba mais sobre o concurso: https://www.aquipl.com.br/imaculada-apresenta-ganhadores-do-concurso-de-redacao/