Para algumas pessoas, empreender é como uma missão: um objetivo que nasceram para cumprir e no qual investem todo o seu esforço e talento. É o caso de Raphael Fonseca, 33 anos, que encontrou nas cinco lojas que administra na cidade uma maneira não só de trabalhar e criar empregos, como também de aprimorar a atividade comercial. Fazem parte do grupo chefiado por Raphael e o irmão Iahgo as três lojas Mix Cell no Centro e uma em Lagoa de Santo Antonio, além da Artesando, com ampla oferta de artigos para aviamento e artesanato.
No início desta trajetória, Raphael disse a si mesmo que queria ter seu próprio negócio antes dos 30 anos. Tudo começou há seis anos, quando ele começou a trabalhar com venda, troca e manutenção de telefones. Antes, foi representante de vendas de algumas empresas da cidade, em especial do setor de calderaria. Mas suas origens profissionais estão na loja de salgados Dona Emília, de sua mãe Alcione, e no negócio de seu avô, Zé do Foto. A capacidade empreendedora é um negócio de família: seus tios Johnny e Jimmy estão à frente da Familly, conhecida empresa de transporte e locação de veículos.
A Mix Cell trabalha principalmente com consertos e manutenção de smarphones, tablets e notebooks, além de venda de acessórios, originais e de primeira linha. Ao todo, são doze profissionais, a maioria no primeiro emprego, trabalhando nas oficinas e balcões dos cinco empreendimentos. Para Raphael Fonseca, ser empreendedor é uma batalha diária. “A gente tem que saber de tudo um pouco: de internet, motivação de pessoal, de atendimento on line e até questões jurídicas. Assim, você tem que procurar novos cursos e técnicas para não ficar para trás, porque o mercado é muito dinâmico. É preciso se antecipar aos fatos, prever adversidades e criar novas oportunidades de negócios o tempo todo”, afirma.
Um dos diferenciais de suas lojas é a presteza. “Nós fazemos a maioria dos serviços aqui mesmo em Pedro Leopoldo e temos um grande estoque, o que nos permite entregar praticamente tudo em até uma hora. Além do bom atendimento, porque vender todo mundo vende, mas os clientes gostam da nossa loja e confiam na gente porque somos muito transparentes: se precisar, a gente leva na oficina pra ele ver o que está sendo feito”, garante o empresário.
Quando resolveu ser dono do próprio negócio, Raphael fez questão que ele trouxesse soluções para os clientes no menor tempo possível, algo que ele sentia falta. Dos tempos de representante de vendas e do longo tempo fora de casa, guarda um profundo respeito pelos profissionais que ainda batalham no setor. “Eu tenho muito orgulho quando algum companheiro que ainda enfrenta esse duro regime de trabalho, que impõe distância da família até em datas especiais, chega pra mim e diz que, um dia, vai se arriscar a trabalhar por conta própria como eu e, assim, ficar mais próximo de casa e de quem ama”, conclui.