Natureza é um ativo precioso no mundo de hoje. Tanto é que o Brasil tem perdido importantes investimentos por não proteger as árvores da Amazônia e deixar queimar o Pantanal. Não se desmata com furor para plantar soja ou criar gado, como na época da ocupação da floresta. Essas atividades são importantes, é claro e, no nosso caso, estão entre os principais produtos da nossa pauta de exportações. Elas podem e devem ser desenvolvidas, mas preservando alguns pedaços da natureza, que nos garantam equilíbrio climático, preservem recursos naturais como a água e nos garantam o acesso à natureza.
As unidades de conservação nasceram desta necessidade e, entre outras razões, para frear um pouco a sanha especulativa de quem só vê lucro pela frente e não liga para a qualidade de vida de todos. Este é o caso do Parque Estadual Serra do Sobrado, situado entre Dr. Lund e as “Duas pontes” que abriga 16 nascentes, cursos dágua e refúgios de vida silveste, com várias espécies se abrigando ali.
O parque corre risco neste momento diante da pressa da prefeitura e da câmara de Pedro Leopoldo em aprovarem um projeto que desrespeita a legislação ambiental para definir a zona de amortecimento, que hoje é de três quilômetros. Explicando melhor, um parque não termina em suas cercas. Para além existe uma área de amortecimento com regras que o protegem e diminuem os impactos sobre ele. Este pedaço entre o parque e os outros territórios deve ser tratado de maneira mais cuidadosa, porque qualquer coisa que você colocar lá pode impactar o próprio parque.
Não haverá impedimento de outras atividades, apenas a sua compatibilização com as regras necessárias à preservação dos recursos do Parque. Os proprietários poderão fazer seus negócios de forma inteligente e equilibrada e, por que não, agregando valor, qualidade de vida e prosperidade para Pedro Leopoldo e o Vetor Norte. É só não desrespeitar as boas regras de vizinhança com um parque.
Para garantir isso, está correndo nas redes sociais uma petição eletrônica, um abaixo assinado pedindo a retirada do projeto da pauta. Que ele volte fora do período de pandemia, porque agora ele não pode ser discutido com a população e com os técnicos ambientais. Temos que pensar adiante e na própria retomada da região que tem um aeroporto internacional como alternativa econômica, afinal precisamos de um meio ambiente protegido para fazer negócios com o mundo.
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