Na terra de Chico, vamos na fé

Na terra de Chico, vamos na fé

 

Visitei uma cidade dias destes nos 5 dias de férias anuais que um simples mortal tem direito hoje em dia nesta correria desenfreada e voltei na maior “murcheza” para Pedro Leopoldo. Lá em Mata de São João, lugarejo do tamanho do Matuto e onde fica o projeto Tamar na Bahia, as ruas são de asfalto de verdade ou calçamento que não solta, há passeios largos onde andariam tranquilamente 2 cadeirantes lado a lado, tem belas árvores que não estão no caminho e também tem ciclovia, toda de vermelho, tudo pintado com tinta de verdade, o que me faz supor que nossa eterna Tinta Guache dá mais feiura que prejuízo e retrabalho aos cofres públicos.

Precisamos resgatar a fé, querer uma cidade bonita, e aqui já foi linda, luzes por todos os lados, a casa de Eduardo Valadares era tipo de novela das 9, ainda é, mas não passei lá à noite ainda, e tinha a árvore no topo da pedreira da Cauê, linda de morrer, pelo menos que eu me lembre, faz tempos que ela brilhava lá e apagou, assim como parte da nossa esperança.

Estamos já no natal, a cidade tá morta, deviam chamar os 3 reis para ver se jogam umas mirras por aqui e um pouco de lucidez na câmara e prefeitura, e não estou criticando as atuais gestões de ambas não, é uma crítica estrutura, nunca tivemos projeto de nada, a cidade caminhou escorada nas cimenteiras de altos salários e milhares de empregos indiretos, agora acabou, sobrou um comércio desmaiado, sem incentivo, sem treinamento e sem produtos. Até falamos sobre a possibilidade de uma feira de final de ano na última edição do AQUI PL, mas não vingou, nem a associação de lojistas e nem a prefeitura abraçou.

Como mudei meus planos há um tempo e desisti de ser rico para ser feliz, vou me aposentar aqui, sonho em andar velhinho pelas ruas da cidade com meu neto; o Rafa um caboclo sério e estudado me ajudando de um lado e eu com as mãos dadas com o toco de gente do outro, então, só me resta lutar enquanto tenho muita saúde e disposição, eu acredito muito no potencial da cidade, mas é preciso que as pessoas acreditem também, é preciso ter um plano, até preso tem, nem que seja sob o risco de morrer soterrado no túnel, a gente tá na cela sem livros, parede mofada e sem janela, a gente não vê o sol nascer, estamos ficando cinzas como o boneco do word, um Winston do livro 1984 quando preso sem saber se é dia ou noite.

Mas na terra de Chico, vamos na fé.

Matheus Utsch

Pequeno empresário e influenciador digital, é vereador em Pedro Leopoldo

ARTIGOS RELACIONADOS

O verdadeiro nome do pedágio é MALDADE

O verdadeiro nome do pedágio é MALDADE

UM TEXTO DE ANDRÉ SANTOS – Aí vem o governo do Estado, querendo enfiar a mão no bolso do trabalhador mineiro, querendo tomar dinheiro do povo através do pedágio. Palavras

LEIA MAIS
Pedágio é uma anomalia do sistema

Pedágio é uma anomalia do sistema

UM ARTIGO DE MATEUS UTSCH – Ser melhor não quer dizer que é bom, pode ser somente algo ruim melhorado e que ainda assim é ruim

LEIA MAIS