Mãe: elogiando, sorrindo e dizendo que tudo vai ficar bem

Mãe: elogiando, sorrindo e dizendo que tudo vai ficar bem

Minha mãe costurava. Costurava tão bem que muitas pessoas em Pedro Leopoldo ainda guardam, como relíquias, os vestidos e conjuntos que saiam da sua Singer. Ou a máquina de costura seria Elgin? Carminha passava horas guiando os tecidos por debaixo da agulha e, de vez em quando, levantava a cabeça pra falar essas coisas de mãe: “para de mexer aí, vai fazer seu dever, coloca a roupa no cesto, espera seu pai chegar…”

Às vezes parava por mais tempo e pedia: “me mostra o que você fez”. E elogiava, e sorria e dizia que tudo ia ficar bem. E é disso o que eu mais sinto falta na falta de Carminha: alguém pra eu mostrar o que fiz. E pra me dizer que tudo vai ficar bem. Porque é isso que as mães fazem de melhor e que procurei repetir com meus filhos. 

Neste especial de Dia das Mães, o site AQUI PL ouviu seus articulistas sobre a relação mais longeva que um ser humano pode ter: aquela que o une à sua mãe e que começa antes mesmo dele nascer. Alguns fazem um tributo cheio de saudade à sua Carminha, ou Georgina, ou dona Cota. Outros celebram a alegria de ainda as terem vivas, bem ao lado ou mais distante, mas sempre elogiando, sorrindo e dizendo que tudo vai ficar bem.  (Bianca Alves)

 

Minha mãe se parece com flor

Eliane Matilde, professora

_ Mãe!

Palavra tão pequena e linda, vira frase nos lábios ainda bebê. Vira grito de amor ou pedido de socorro. Vira oração!

_ Mamãe!

No entanto, para ficar ainda mais íntima, essa palavra especial aumenta mais uma sílaba e faz uma rima em si mesma.  Quem sabe uma alusão à capacidade que somente as mães têm de produzir, espontaneamente, em seu próprio corpo, o leite materno, fonte de amor e saúde para os pequenos calouros que todos os dias chegam aqui neste mundo?

O encantador é que as mães têm o nome próprio, mas, raramente ou nunca, seus filhos assim lhes chamam. São mesmo as eternas rainhas da maternidade. Minha mãe por exemplo, era Maria Madalena; sempre me ouvia chamar-lhe de mãe; pelo visto, depois de Deus, é a palavra abençoada mais repetida entre os mortais. O curioso eram os apelidos de minha mãezinha, ainda vivos em várias memórias: dona Cota, Micota, Licota, Maricota, Cotinha, Mariazinha. Mas, muitos preferiam chamava-lhe, privilegiada com um dos mais conhecidos nomes santos, de:

_ Maria!

E quando eu me referia a minha mãe era sempre “mamãe”, mas para dirigir-me a ela era o doce e eterno MÃE.

Agora, a mãe que está nas lembranças se parece tanto com flor. Mães combinam com as flores… Inclusive, aprendi na infância, com mamãe, o incrível gosto por toda a Natureza; a plantar e a colher no meu jardim.

(Fiz essa foto há cerca de 30 anos. Minha mãe e seu vaso de Flor de Maio, como dizia ela…)

 

 

Minha mãe é amor, luz, gentileza

Carol Malaquias, musicista

É uma missão difícil falar com um texto sobre o papel da minha mãe na minha evolução. Na verdade acredito que para maioria das pessoas, a figura materna represente segurança, carinho, amor, direcionamento… Com a minha foi assim. Eu brinco a apelidando de “Dona Florinda”, porque desde pequena ela está sempre nas primeiras fileiras aplaudindo, incentivando, principalmente porque ela mais que ninguém vê o brilho nos meus olhos sempre que faço algo relacionado à música.

Minha mãe sempre foi entusiasta e incentivadora, mas colocava limites e educava, seja com palavras, castigos ou colo. Depois que cresci, sua figura se torna a cada dia mais importante. Hoje adulta, eu vejo quando ela ensina através das atitudes. Então aprendo diariamente com essa mulher incrível, observando seu jeitinho nas mínimas coisas: seja em suas costuras cuidadosas, hidratando meus cabelos, dando o abraço mais gostoso da terra ou ainda no trato diário com as pessoas à nossa volta.

Ela revê suas atitudes e pontos a melhorar, gosta de se autoconhecer, é aberta ao diálogo e faz tudo para ver seus filhos felizes. Minha mãe é amor, luz, gentileza. Seja comigo ou com as pessoas na rua. E certamente isso me faz alguém melhor, porque vejo quanto bem ela faz para quem a cerca. Ahhhh, e sobre nossa sintonia eu não preciso nem comentar. Quem nos vê juntas certamente percebe a aura de amor, gratidão e admiração que inunda nossa relação de mãe e filha. Minha melhor amiga!

 

A minha mãe é campeã

Matheus Utsch, vereador

Uma das grandes bênçãos da vida é ter mãe, e a minha é campeã, uns 8 anos como professora de 3 turnos para dar conta do batido enquanto meu pai ficou internado por 8 anos até falecer, e lá estava ela, feito leoa com quatro crianças. Não me vitimizo por isto, é uma situação normal no Brasil, fico é muito feliz de ter tido esta experiência e ainda poder usufruir da casa da mãe, colocar todos os endereços pedidos nos sites e lojas ainda de lá, ter o porto seguro, lugar de encontrar a família, fazer os sobrinhos dormirem, lavar o carro, ter velhas lembranças e ouvir aqueles grandes conselhos que só mãe tem.

Serei breve porque é um sentimento que as palavras não explicam, só o exemplo fica de uma eternidade que passa num piscar de olhos.

Para quem já não as tem aqui, tenham nos princípios deixados e no legado de que a vida segue. Sejamos no presente o futuro que queremos para nossos filhos.

 

 

O amor vence, a ciência venceu

Constantino Leão, técnico em Telecomunicações

 

Segundo domingo de maio, dia dedicado às mães. É o quarto ano sem a presença física de minha saudosa mãe Maria Efigênia dos Santos. Ela, que sempre no segundo domingo de maio, reunia os filhos para um almoço familiar. Minha mãe partiu antes da pandemia, em julho de 2018. Sua presença física nos faz muita falta, mas estamos conformados com os desígnios de Deus, pois me conforto em ter a certeza de estar num ambiente de paz e luz.

Minha querida mãe: o mundo mudou!! Vivemos uma pandemia mundial com um vírus mortal que ceifou muitas vidas. Foram dois anos de sofrimento, angústias, tristezas, perdas e incertezas. Perdemos entes queridos, amigos, pais de família, famosos. Minha mãe, tudo foi devastador. Mudou muito a nossa vida, mudou nossos hábitos. Nós brasileiros, sempre acalorados nos cumprimentos, tivemos de ficar à distância. Mas confesso à senhora: nada na vida é por acaso. Esse mal veio para mostrar que nós seres humanos somos egoístas. Penamos por dois anos, lutamos contra aqueles que não acreditaram na ciência, na inteligência e na fé.

Mas o amor vence, a inteligência venceu, a ciência venceu. Graças ao poder divino, a imunização de nosso povo, estamos voltando à vida normal. Estamos voltando a sermos brasileiros acalorados. Mas digo à senhora: que tudo isso que passamos não seja em vão, não seja por acaso. Pois nada na vida é por acaso, tudo tem um propósito. De onde estiver , minha querida, seja luz em meu caminho. Hoje posso dizer que vencemos, mas os cuidados devem continuar pelo bem comum. FELIZ DIA DAS MÃES.

 

Minha mãe é como as outras: uma heroína para os seus filhos!

Cidade pequena é uma coisa boa demais da conta! Todo mundo te conhece, mesmo você não conhecendo todo mundo! Em meados de fevereiro, tive que levar o meu pai ao pronto atendimento aqui de Pedro Leopoldo – sequelas de uma forte Covid. Na sala de espera, uma senhora o cumprimenta, vira para mim e pergunta: “Você é filho da Dona Martha, não é”? Diante da resposta positiva, ela me conta o seguinte caso: “Sua mãe foi professora das minhas duas filhas, elas gostavam muito da sua mãe. Aliás, Dona Martha ajudou muito as minhas meninas. Uma delas, muito estudiosa, sofria bullyng na sala de aula e quem ajudou e resolveu o problema foi a sua mãe. Minha filha estudou, se formou e hoje é uma enfermeira realizada na vida”!

Melhor do que a gente falar sobre as nossas mães é o depoimento das pessoas que conviveram com elas. Mamãe foi professora e diretora em escolas públicas por trinta anos. A maior parte de sua vida em Vera Cruz de Minas, um distrito da nossa cidade, com uma grande comunidade carente e vários problemas sociais. Na minha infância e adolescência, nossa casa ficava cheia de crianças nos finais de semana. Era mamãe, ensinando os seus alunos – de forma gratuita, claro – que estavam com dificuldades na matemática e na biologia.

Muitos deles lá tomavam o café da manhã e almoçavam. Alguns passavam o dia. Afilhados e afilhadas foram aos montes. A lista de presentes nos aniversários e dias das crianças era extensa! Mais do que caridade, mamãe gostava das pessoas e tinha uma coisa que está cada vez mais rara nos dias atuais: consciência social. Ela não queria apenas ensinar matemática ou dar o pão a quem tinha fome. Lutava pela mobilidade social dos seus alunos através do estudo e ficava extremamente feliz quando alguns deles conseguiam ingressar em uma faculdade e conquistar um diploma de curso superior. Brigou muito para que as exceções se transformassem em regras!

 

Quanto a mim, o seu maior legado foi me ensinar a tomar gosto pela leitura. Desde criança, com livros e revistinhas em quadrinhos. Filho único, o meu maior passatempo, depois do futebol, era ler. E depois escrever. Ah, como seria bom se todos tivéssemos um professor nas nossas famílias para nos ensinar as maravilhas que são os livros e quanto estes nos despertam e nos levam a um mundo novo e diferente! Mundo do conhecimento e da capacidade de reflexão, essencial nos dias atuais de comunicação rápida e baseada no senso comum. Eu posso afirmar que tive esse privilégio!

Sinceramente, acho que não existe profissão mais bonita e importante do que a de um (a) professor(a). É onde tudo se inicia, com a formação e aprendizagem dos (as) nossos (as) futuros (as) cidadãos(ãs). Fico imaginando a emoção de se ver a evolução de uma criança. O aprender a ler e a desenvolver as suas próprias ideias e pensamentos! E a emoção de se reconhecer como agente participante e transformador de todo esse desenvolvimento! Mamãe também foi uma privilegiada!

Bom, hoje minha mãe já não se encontra aqui nesse plano. Partiu como tinha que partir: ao lado do seu único filho, que sofreu muito, mas entendeu que havia chegado a sua hora e que ela já tinha deixado a sua contribuição para os que com ela conviveram. Para mim, o ensinamento foi justamente o da preocupação com o próximo, da empatia e da luta contra essa desigualdade e exclusão social absurda do nosso país. E que a educação e a cultura são transformadoras e libertadoras de toda uma sociedade. Ah, mas vocês podem me perguntar: Matheus, afinal de contas, sua mãe não tinha defeitos? Certamente muitos, mas não para mim, pois, minha mãe era e é como as outras; uma heroína para os seus filhos!

Matheus Campos Borges, com muito orgulho, filho de Martha Campos Borges –  que se encantou no dia 8 de novembro de 2018 – além de casado com Fabiana Marques, mãe e heroína da Júlia e da Raquel!   

 

Mercedes dos Reis Silva: operária, professora, mãe     

 Renato Hilário dos Reis – GENPEX/FE/UNB  

Os sinos da Igreja Nossa Senhora da Conceição badalavam, anunciando a hora de ângelus; os altofalantes de Pe. Sinfrônio tocavam a Ave Maria de Gounod; eu nascia de parto natural sob o olhar atento de D. Durica e no mesmo momento, minha mãe me consagrava a outra mãe: Nossa Senhora da Conceição.

Ou seja, nasci duas vezes: a primeira como filho da operária-professora rural Mercedes, e do operário-carpinteiro- músico José Hilário; e a segunda, como filho consagrado por ela, à padroeira de nossa cidade de Pedro Leopoldo. Por isso, me chamo Renato, quer dizer, renascido ou nascido duas vezes.

Agradeço a meu pai, mas, principalmente, à minha mãe por este duplo nascimento: da união dela com meu pai e da intimidade dela com o divino, na conversa que teve de mãe para mãe, ao me entregar a Maria de Nazaré, mãe do carpinteiro Jesus.

Este sentido humano-místico-espiritual de minha mãe, que se revela a mim, seu primeiro filho, se estende a meu irmão Roberto, minhas irmãs Raquel, Regina, Rosângela, Rosálida (in memoriam) e demais familiares. Manteve-se no tempo,  e permanece hoje em netas, netos, sobrinhas, sobrinhos, bisnetas e bisnetos.

Mas, tem mais:  intensa, amorosa, exigente, fez-me aprender a ter o coração e mente abertas, no que fazia dupla e cumplicidade com meu pai.

E como?

– Simples: nossa casa na Comendador Antônio Alves sempre esteve e está aberta a todas as pessoas, independentemente de cor, classe, gênero, sexo, religião, situação econômica e social. Sempre se podia colocar agua no feijão, fazer outro bule de café, ou estender um colchão no chão, a todas e todos que chegavam à nossa casa, independente de hora e dia.

A vivência individual e coletiva desta ambiência, me levaram a viver e escolher este acolhimento-amorosidade, como base subjetiva e práxis de minha vida cotidiana, em nível de constituição de seres humanos como sujeitos de amor, sujeitos de poder, sujeitos de saber e sujeitos histórico-culturais, fundamentos de minha tese de doutorado defendida na Universidade de Campinas, na qual minha mãe, como sempre, estava presente, mesmo com sua dificuldade de locomoção.

Hoje, estar presente na vida de cada irmão e irmã é outra aprendizagem e homenagem-gratidão, que faço à minha mãe. Estava junto nas e das alegrias, celebrações, festas, e também, na dor, na doença, nas tristezas que são parte da essencialidade e natureza da vida. Dela, junto com meu pai aprendi e aprendemos que as dificuldades existem para fazer-nos fortes, destemidos e corajosos.

A meu ver, isto nos torna mulheres e homens acolhedoras/es-amorizadas/os; abertos à convivência-aprendizagem no diferente e com a diferença, e,  em que as pessoas são felizes, porque têm o AMOR, como fundamento da vida,  individual e coletivamente.

Obrigado, minha mãe Mercedes e todas mães no Mundo, que são a razão de toda Bondade, Perdão, Misericórdia e Amor que existe no planeta.

Brasília 07/05/2022.

 

 

O que dizer a uma mãe sobre os tempos de hoje?

Georgina Vieira da Silva. psicóloga

Começo por dizer que o melhor que podemos fazer por nossas mães é dar a elas um tempo nosso, um tempo de qualidade. Sem celular, atentos ao que elas dizem, sem ligar se é repetição, se elas querem saber do quê e com quem estamos conversando. Deixar que falem de suas memórias, que se queixem de alguns aspectos da vida, que nos cobrem mais presença. Se a mãe for jovem, que fale de seu trabalho, como se sente, porque o faz, como se conecta com o seu propósito de vida. Se ela se sente cansada, ou culpada por ausências cotidianas, deixá-la entender que nada disso diminui o reconhecimento do seu amor. O que toda mãe quer é que seus filhos a amem, a despeito de seus defeitos ou de suas prioridades simultâneas decorrentes de seus múltiplos papeis na vida. Uma mãe querida, que já se foi, dizia para a filha, minha cunhada, que gostava mais quando os filhos a visitavam sem os cônjuges, pois com eles – entendia ela – seria “meia visita”. Quem é casado entende perfeitamente o quanto de sabedoria tem nesse posicionamento.

Mas o que me pedem é o que dizer às mães sobre os tempos de hoje. São tantas gerações de mães que é difícil ter uma narrativa que abranja todas. Se sente desatualizada? Sem problemas, mãe, eu também me sinto. A aceleração da tecnologia torna tudo obsoleto em questão de dias. Inclusive na linguagem. Não entende mais qual é o papel do pai ou da mãe, ou como tratar com pessoas que possuam orientações sexuais ou de gênero diferentes da sua? Não se preocupe, mãe, ninguém sabe mais como educar seus filhos, nominar e tratar de forma respeitosa as minorias, o que fazer para não ofender, sem querer, pessoas de credo, cor, religião, ideologia política, diferentes das suas próprias. A cada dia temos que incluir e decifrar letras. LGBTQIPA+, por exemplo. Só ontem eu soube da inclusão deste P. A cada dia, temos que nos esforçar mais para não cometer lapsos, atos falhos, repetir piadas ou ditados, para ter o cuidado que cada pessoa requer em seus relacionamentos diários.

Sente que as pessoas te tratam como se nada existisse antes delas? Deixa pra lá. Jovens de 40 anos são chefiados por outros jovens de 28 anos e sentem que também são discriminados como se o saber anterior não tivesse importância. Se você tem mais de 60 anos então, qualquer erro que cometa será atribuído à sua dificuldade de entender a internet, de decifrar linguagens, de lidar com o contemporâneo. Querem te explicar, como se tivesse 5 anos, coisas prosaicas como fazer um check in, preencher um formulário na web e outros? Ou até mesmo como passar o seu cartão de crédito? Liga não, mãe. Eles não sabem nem 10% do que você sabe. E te amo por muito menos de tudo que sabe …

O que está acontecendo no mundo, minha filha? Que história é essa da Ucrânia e da Rússia? Por que pessoas que eu admiro defendem, com o mesmo empenho e certeza, posições antagônicas? É que o mundo se tornou tão complexo, mãe, que nem mesmo os cientistas políticos, os internacionalistas, os economistas, os cenaristas conseguem se apropriar das múltiplas facetas que emolduram uma guerra – ou manobra especial – entre “supostamente” dois países. Há tanta coisa em jogo…

Mas no meio de tanta confusão, tanta falta de diálogo, em que o idioma já não dá conta de expressar o que pensamos, algo permanece inalterado. É o amor que as mães dedicam aos seus filhos, às vezes manco, às vezes equivocado, às vezes excessivo. É esse amor que nos redime, nos faz entender que representamos alguma coisa. Nessa hora, é bom lembrar uma passagem do velho Freud com uma mãe austríaca. O psicanalista, já famoso em vida, é questionado por uma mãe: “Dr. Freud, o que devo fazer para ser uma boa mãe, para educar bem os meus filhos?”. O mestre responde: “Não se preocupe, tudo que fizeres, estará errado”. Isso porque, se protegemos muito, corremos o risco de ter filhos despreparados para a vida. Se os deixamos soltos, podem se perder nos labirintos de suas jornadas. Se exigimos muito deles, podem tornar-se pouco flexíveis e com dificuldades de lidar com a leveza. Ou, ao contrário, ficaram tão tensionados, que na idade adulta não querem saber de dedicação aos estudos ou ao trabalho duro. Se somos excessivamente condescendentes em tudo, podemos criá-los sem noção de limites e assim, não se adequarem às normas da sociedade. Se os cercearmos, poderão ter problemas ao lidar com autoridades.  Essa frase do Freud, entendida em suas entrelinhas, é a melhor coisa a dizer para as mães.

 

Meu nome bordado por sua mão em meu peito

Daniel Francisco da Silva, advogado

Bisa Mundica, minha matriarca. Nossa história, mãezinha, começou lá se vão muitos anos. E você sempre esteve comigo. Lembro-me de quanto criança empolgado com o pré-primário, para onde fui orgulhoso com o uniforme que tinha meu nome bordado por suas mão em meu peito… aquele uniforme de antigamente, que era uma peça sobreposta a uma outra camisa. Isto. E eu apaixonado por letras, livros e escolas, tive com você, Raymunda, o incentivo primeiro e amoroso de mãe. Hoje com meus três diplomas universitários na parede do escritório, ainda sinto o toque amoroso de suas mãos sobre as minhas a acompanhar o traçado das letras no exercício de alfabetização. O resto, a ler o mundo, as pessoas, as coisas e as plantas também foi contigo, embora ainda seja um aprendiz trôpego pela vida. Obrigado minha mãe por estar comigo sempre na conquista deste mundão de meu Deus. Te amo!!!!

Abençoado com uma mãe professora

João Paulo Martins, administrador

Desde os primeiros passos, é a pessoa que te acolhe. Nunca transparece o cansaço, o sorriso é fonte de força e confiança. Como é importante a presença da mãe. Lembro-me que foi em seu colo que derramei as primeiras lágrimas, as primeiras frustações da vida, mas acima de tudo comemorei muitos as conquistas! Deus me abençoou com uma mãe professora! Veio com o dom de ensinar – aproveitei muito – mas também compartilhou e ainda compartilha todo seu conhecimento com várias pessoas, o que me enche de orgulho. Com o passar do tempo, entendi que além de ser cuidado, preciso também saber cuidar. E aí entendo perfeitamente o significado deste amor. Este amor que completa, que dá e recebe, um coração que vive fora do corpo, pulsando incansavelmente dia após dia. Obrigado mãe por me fazer crescer, por me defender, por sempre me dar seu apoio e seu amor infinito. Te amo!

 

Bianca Alves

Criadora e editora do projeto AQUI PL, é formada em Comunicação Social pela UFMG e trabalhou em publicações como os jornais O Tempo, Pampulha, O Globo; revistas Isto é, Fato Relevante, Sebrae, Mercado Comum e site Os Novos Inconfidentes

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