Helder Diniz fala sobre o trabalho do “Cidade Viva” e outras ações para ajudar quem precisa na pandemia

Helder Diniz fala sobre o trabalho do “Cidade Viva” e outras ações para ajudar quem precisa na pandemia

Por Helder Diniz*

Com a rápida disseminação geográfica de Covid-19, a curta escala de tempo e as mortes que vêm acontecendo em escala exponencial, serviços públicos, programas e projetos de várias políticas, principalmente aqueles que tendem a reunir grupos de pessoas, foram suspensos. Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (16), revelam que o desemprego aumentou semanalmente e atingiu 10,9 milhões de pessoas no final do mês de maio. Do total de trabalhadores ocupados, 17,2% foram afastados e 13,2% trabalharam remotamente. Tudo isso tem impacto direto na subsistência e segurança alimentar das pessoas, principalmente aquelas que possuem maior vulnerabilidade social.
Através de políticas compensatórias de transferência de renda, o Governo Federal instituiu o Auxílio Emergencial, um benefício financeiro que prevê o repasse de 600 reais mensais a trabalhadores informais e de baixa renda, microempreendedores individuais e também contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social. Todavia, muitos relatam que não conseguiram o Auxílio Emergencial, outros informam que serviu apenas para quitar dívidas, e assim o número de pessoas que lutam contra a fome está em ascensão.
Nesse contexto, vários movimentos, associações e grupos de amigos, pensando na possibilidade de praticar o bem, estão realizando campanhas de arrecadação e distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal e produtos de limpeza. E o que mais chama atenção é que, independente de religião, questões partidárias ou ideológicas, representantes desses movimentos, dialogam entre si, e chegaram até em criar um sistema de cadastros para melhorar a logística e a gestão das doações em Pedro Leopoldo. O idealizador do sistema, Fernando Malaquias, relata que há muitas pessoas e grupos querendo doar e não sabem para quais famílias devem direcionar.  Dessa forma, através do sistema, é possível verificar quem foi ajudado por qual grupo, a data, além de mostrar as necessidades básicas , permitindo que as doações cheguem com eficiência e eficácia às famílias que de fato necessitam e sem sobreposição de ações.
Sabe-se que o momento é muito crítico, e não temos noção de quanto tempo essa pandemia vai perdurar, por isso, com a organização da Sociedade Civil e ações governamentais, é possível ofertar itens básicos e bens necessários que assegurem proteção da população e que evitem a propagação do Covid-19. Dentre os movimentos existentes, temos o “Cidade Viva: Pedro Leopoldo Contra o Coronavirus”, que é um belo exemplo de cidadania nesse contexto. Trata-se de uma iniciativa comunitária, constituído por aproximadamente 30 pessoas que se reúnem e traçam estratégias por meio de redes sociais, whatsapp e aplicativos de videoconferência, tomando todos os cuidados necessários para evitar a contaminação do novo coronavírus, principalmente no ato de entrega dos itens básicos.
Atuando desde março de 2020, início da pandemia, o movimento já conseguiu atender a 235 famílias, distribuiu mais de 800 cestas básicas, 300 kits de higiene, 80 cobertores, 40 litros de álcool em gel, marmitex´s e mais de 800 máscaras laváveis para famílias em situação de vulnerabilidade social e pessoas em situação de rua. Por fim, com a eclosão da pandemia no Brasil, a volta da transmissão e novo surto na China, se faz necessário, mais do que nunca, empreender ações voltadas à população mais vulnerável, não substituindo o papel e responsabilidade do Poder Público, mas trabalhando em parceria e em “comum-união”.

*Psicólogo, Bacharel em Direito, Especialista em Política de Assistência Social e Chefe da Divisão de Assistência Social do Município de Pedro Leopoldo

Redação

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