Neste sábado, 30 de maio, Cecília Brytes Viana de Oliveira Camelo completou 85 anos, nos quais fez parte (do melhor) da vida de muitos pedro-leopoldenses. Pra começar, é ela a verdadeira autora de muitas das maiores referências culinárias da cidade. Sabem por que? Cecilia foi professora de Arte Culinária no Sesi, de 1968 a 1991, onde ensinou delícias como o lombo recheado com panqueca, presunto e ameixa e a torta de pão de forma, recheada com frango ou camarão, que ninguém faz como ela. São pratos emblemáticos que nossas mães aprenderam com ela e nós vamos passando adiante em uma história feita de sabor e afeto. Eles também continuam presentes em momentos especiais, através das festas do bufê de seu filho, José Wilson, em que sempre estão no cardápio.
Muito além da cozinha
Mas Dona Cecília, apesar de craque na gastronomia, foi muito além da cozinha. Seu primeiro emprego foi na Cauê – uma das primeiras mulheres a trabalhar na fábrica. Formou-se em Letras pela Faculdade de Pedro Leopoldo em 1974 e lecionou em várias escolas da cidade: São José, Imaculada Conceição, Fazenda Modelo. Foi proprietária das lanchonetes Favo de Mel de 1981 a 1992, período no qual deliciou pelo menos três gerações. Continuou dando aulas de culinária para crianças em sua residência até 2018, quando tinha 83 anos.
Uma bela família
Suas origens estão em Sabará, no distrito de General Carneiro, onde nasceu, filha de Wilson Viana de Oliveira ( Wilson Sapateiro) e Maria Dolores de Oliveira Coelho. É irmã de José Viana e Elias do Carmo Viana (da Relojoaria imperial) e de Valdevino Lopes de Oliveira, do segundo casamento de seu pai. Aos 6 anos de idade, após a morte de sua mãe, mudou-se para Pedro Leopoldo, onde foi morar com sua avó materna, dona Alicina Barbosa Viana, até a sua morte, quando Cecília tinha 11 anos.
Foi então residir com sua tia Cecília Viana Teixeira (Dona Deca) e seu marido Andiara Teixeira da Costa, com os quais viveu até os 18 anos de idade. Casou-se com José Camelo e teve 4 filhos: José Wilson, Jaqueline, Jeanine e Jamerson. Uma moçada tão bacana, simpática e doce como Cecília, uma mulher cuja convivência é tão agradável e saborosa quanto as iguarias que ganharam fama nos corações e mentes pedro-leopoldenses.