Futuros enfermeiros debatem acolhimento à mulher vítima de violência

Futuros enfermeiros debatem acolhimento à mulher vítima de violência

Para quem não sabe, no prédio do antigo Clita Batista hoje funciona uma escola de enfermagem, a Alvo. Acompanhando de perto a questão da violência contra a mulher, a professora Vanessa Souza trabalhou este mês o acolhimento das vítimas no sistema de saúde, por parte dos futuros profissionais. O que também abrange o público LGBTqia+ plus.

No trabalho, foram abordados os diversos temas previstos na Lei Maria da Penha, número 11.340, de 7/8/2006. Nela, estão previstas penalidades para violências física, sexual, psicológica, moral e patrimonial. A apresentação dos trabalhos dos futuros enfermeiros foi muito emocionante e criativa. Os alunos utilizaram de diferentes recursos como teatro, músicas, mídia e cartazes, relembrando fatos reais e fazendo um debate ao final dos dois dias reservados ao tema.

Enfermeira de formação, Vanessa está na docência há pouco tempo. “Quando eu comecei a dar aula, pensava que nós íamos curar só o corpo físico da pessoa, mas à medida que você vai lidando com os pacientes e seus familiares, você depara com uma realidade completamente diferente. E vê que as pessoas têm a carência do cuidado físico, mas, principalmente, do cuidado psicológico”, apontou a professora.

Seu objetivo em sala de aula a partir de então foi ensinar a seus alunos a questão da humanização, do cuidado. “Eles devem entender que, naquele corpo doente, existe um pai, uma mãe, um filho, uma filha, o amor da vida de alguém. E terem sensibilidade para isso”, disse Vanessa. A questão perpassa em especial o acolhimento à  mulher vítima de violência. “Como acolher essa mulher? Como acolher a família dessa mulher que é vítima disso diariamente?”, perguntou aos seus alunos. E as respostas surpreenderam. Segundo a professora, alguns alunos compartilharam inclusive fatos reais, que testemunharam.

Para a professora, é fundamental apoiar essas mulheres, que acreditam não ter voz. “A gente tem sim que enaltecer as mulheres, mulheres cis, trans, lésbicas, todas nós, mulheres. Mas temos também que dar um basta na violência, não podemos nos calar diante dela”, finalizou.

Redação

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