A discussão começou com um post do prefeito Cristiano Marião (PSD) em sua página no Facebook neste domingo, 23/8. Nele, Marião diz que “sabia que não seria fácil ser o prefeito de Pedro Leopoldo” e que os desafios começaram em 2017, quando, segundo ele, sua equipe chegou na prefeitura e encontrou “tudo literalmente avacalhado!”

Ao explicar a “avacalhação”, o prefeito descreve dívidas e bloqueios para receber recursos de emendas por falta de prestações de contas antigas, usando a expressão “afff”. E completa: “Hoje quando reflito sobre os últimos anos me sinto orgulhoso em ter “pago” a confiança das pessoas com muito trabalho e respeito com o dinheiro público!!!”

A réplica não veio através da antecessora de Marião, a ex-prefeita Eloísa de Tadeu (MDB) e sim de sua chefe de gabinete à época, Ana Paula Santos. “Te respeito, respeito sua esposa e família, por isso nunca vim em rede social falar do pior governo que Pedro Leopoldo já teve, O SEU…mas mentiras eu não vou aceitar”, afirmou Ana Paula, em seu perfil na mesma rede social.

Ao refutar a fala do atual prefeito, Ana Paula diz que Eloísa não deixou a prefeitura avacalhada e que teve todas as suas prestações de contas aprovadas. “Assuma que governar foi mais difícil do que você imaginava, assuma que cumprir todas as suas promessas não foi possível, mas não venha com mentiras”, acusou a ex-chefe de gabinete. Ela ainda listou várias obras e ações atribuídas à atual administração mas que, segundo Ana Paula,  foram iniciadas na gestão da ex-prefeita, esposa de Angelo Tadeu (MDB), com o qual Cristiano Marião deve se defrontar nas eleições deste ano.

A “briga virtual” promete ser apenas o primeiro round de uma disputa que, até agora, colocou na rua uma dezena de candidatos à prefeitura, alguns em franca campanha fora do período eleitoral. Em alguns casos, estes nomes estão “na fita” apenas para fortalecer chapas partidárias na eleição proporcional, que irá escolher os membros da Câmara Municipal.  O número de competidores na eleição majoritária, ou seja, para prefeito, deve ter uma redução acentuada e, nas urnas, podemos esperar algo em torno de cinco nomes. Ou menos. É esperar pra ver.