Um artigo de Sélio Sena, ex-vereador e vice-presidente do Diretório Municipal do MDB de Pedro Leopoldo

Do total de 69.346 eleitos no primeiro turno, 12.417 são mulheres, ou cerca de 18%. “Fico triste em ver que, em uma sociedade onde mais de 52% do eleitorado e da população brasileira são compostos por mulheres, ainda somos tão poucas no cenário da participação política”, afirmou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia.

O próprio TSE definiu regras para evitar fraudes na cota de gênero. Podem ser consideradas candidatas-laranjas aquelas com votação zerada ou pífia, candidaturas femininas com prestação de contas idêntica a uma outra, ou que não promova atos de campanha em benefício próprio.

No entanto, ainda falta muito para que a participação feminina na política reflita sua posição na sociedade. Em Pedro Leopoldo, 46 candidatas de um total de 129 nos vários partidos tiveram 7.460 votos, de um total de 38.889 votos válidos, ou menos de 20%. As nove mais votadas totalizaram 4.920 votos.

Nos últimos 100 anos, somente cinco mulheres conseguiram ocupar uma cadeira em nossa Câmara Municipal. Eu acredito que, se 30% dos candidatos de um partido têm que ser mulheres, o certo seria que 30% das vagas nos Parlamentos fossem reservados ao sexo feminino.

E se assim fosse, nesta eleição teríamos três vereadoras na Câmara Municipal, que seriam Cynthia Salomão (a única eleita, do MDB), Viviane Sena (MDB) e Camila Rajão (PT). Se o cálculo fosse feito pelo coeficiente eleitoral, poderiam ser mais quatro: Viviane, Camila e também Silvana Storino, que por 21 votos não foi a segunda do Novo e Angélica de Tirriu, do PSD.

Automaticamente, a Câmara dos Deputados passaria de 96 mulheres para 150; o Senado de 7 para 23 e a Assembleia Legislativa passaria a ter 22 deputadas estaduais. Esta barreira deveria ser alterada no Congresso Nacional, para o Brasil avançar na representação política das mulheres.

As cotas de reserva têm que valer para cadeiras dentro dos parlamentos, como já acontece na Bolívia e no México, que contam com 50% de mulheres ocupando cargos no Legislativo. Esta seria a meta mais justa e democrática, mas infelizmente é uma realidade muito distante da nossa, pois os parlamentos brasileiros são muito machistas.

Viviane agradece

Gostaria de agradecer pelo apoio e confiança durante essa jornada eleitoral, que não termina agora. Pelo contrário. A Pedro Leopoldo que queremos precisa daqueles e daquelas que a amam assim como eu, independente do resultado. Foram dias incríveis, aprendi muito ao longo da minha caminhada, conheci pessoas e histórias fantásticas que me motivam a sempre lutar mais por nossa cidade. Há muito trabalho pela frente e há muitos caminhos para se fazer o bem e, certamente, vamos nos reencontrar. Me tornei mais forte. A luta não para por aqui. Foram 759 votos de confiança ao meu trabalho. Encheram meu coração de alegria!
Agradeço a Deus, a minha família, meu esposo Gustavo e filhos Guilherme e João César, minha mãe Vânia, a irmãs Marcelle e Camila, meus tios Jorge e Marcinha. Agradeço imensamente à família Sena, tios e primos que estiveram ao meu lado desde o início. Agradeço também a todos os colaboradores voluntários e amigos que me apoiaram e trabalharam incansavelmente. Tudo acontece na hora certa e o tempo de Deus é perfeito e agradável!
Nossa real missão nesta vida é ajudar e fazer sempre o bem!