Com raízes em Dr. Lund, Luiza é uma das 100 poderosas do Agro brasileiro

Com raízes em Dr. Lund, Luiza é uma das 100 poderosas do Agro brasileiro

A Forbes Brasil, edição nacional da famosa revista americana de negócios e economia, divulgou a lista das 100 mulheres brasileiras mais poderosas do Agro. A lista traz o nome daquelas que, a partir do campo e também das cidades, estão deixando a produção de alimentos e também de bioenergia cada vez mais sustentável, transformando diferentes segmentos do setor.

A “poderosa” de número 65 tem profundas ligações com Pedro Leopoldo. Trata-se da jovem bióloga Luiza Dantas Santiago, 30 anos, que criou uma marca de chocolate, a Kalapa, segundo lugar no Prêmio CNA Brasil Artesanal em 2021. Luiza é filha da veterinária Maria de Lourdes Dantas Santiago, a Luluca, e neta de Magdalena Costa e Silva, que foi proprietária da Fazenda Santo Antonio, em Dr. Lund, hoje de Chico da Suprema. É sobrinha do engenheiro João Victor Dantas, atuante em Pedro Leopoldo, e de Bebeth, que durante 40 anos foi diretora da Lapa Vermelha.

Luiza nasceu em Nanuque, onde sua mãe é fazendeira, estudou em Belo Horizonte e na Universidade Federal de Lavras, onde se formou em Ciências Biológicas. A produção dos seus chocolates segue todo o roteiro ditado pela sustentabilidade socioambiental, hoje reivindicada pelos mais exigentes consumidores do planeta. Os produtos Kalapa utilizam cacau cultivado no bioma Mata Atlântica por produtores do assentamento Dois Riachões, em Ibirapitanga (BA). A rastreabilidade, no método ‘ bean to bar’, vai da amêndoa à barra, em um processo em que todo mundo ganha, do produtor ao consumidor.

Na microfábrica de Luiza, as amêndoas cruas são torradas, quebradas, descascadas (em uma máquina que ela mesma construiu, já que não encontrava algo que atendia suas necessidade), processadas e derretidas. Ao fim, tornam-se barras como a Maresia de Limão, 70% cacau com limão-siciliano e flor de sal, ou o Cremístiko, creme de chocolate com gergelim (tudo sem lactose, orgânico e vegano). Ao todo, são cinco dias para produzir cada “nanolote”, cada um mais gostoso que o outro.

Ao produzir desta maneira – respeitando o meio ambiente e promovendo justiça social  em um negócio economicamente viável – Luiza se junta a mulheres que se destacam em diferentes setores do agronegócio. Segundo a Forbes, elas estão presentes na produção de alimentos de origem vegetal e animal, na academia, na pesquisa, nas empresas, em foodtechs, em consultorias, em instituições financeiras, na política, nas entidades e nos grupos de classe e, mais do que nunca, nas redes sociais.

Bianca Alves

Criadora e editora do projeto AQUI PL, é formada em Comunicação Social pela UFMG e trabalhou em publicações como os jornais O Tempo, Pampulha, O Globo; revistas Isto é, Fato Relevante, Sebrae, Mercado Comum e site Os Novos Inconfidentes

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