As fotos acima mostram Pedro Leopoldo vista do mesmo lugar, mas em dois momentos: uma foi tirada em março de 2012 e a outra, agora em 2023. Elas mostram, sem sombra de dúvida, que a cidade está se verticalizando, substituindo antigas casas por prédios de apartamentos. Em apenas onze anos, podemos ver que a cidade ganhou, só neste enquadramento, mais de dez novos edifícios e, junto com eles, o que isso representa de adensamento, como a quantidade de carros e pessoas que circulam por ali.
Por um lado, a diferença entre paisagens sinaliza que a cidade está crescendo. Mas temos ruas suficientes para tanto carro? Temos arborização para compensar os impactos ao meio ambiente e ao clima? Temos destinação correta para lixo? E o saneamento básico, está em dia?
Mais uma coisa: todos estes prédios estão sendo construídos onde antes havia casas e quintais. Quanto a cidade perdeu em vegetação, árvores frutíferas e memória do seu passado? Como diz a música, pode ser a força da grana que ergue e destrói coisas belas. E talvez tenhamos que repensar nossas regras de planejamento urbano, ou logo, logo, a infraestrutura disponível pode não ser suficiente para abrigar tanta gente no mesmo lugar.
As duas fotos foram feitas por Luiz Alberto da Costa Alves, o Dedeco, num belo registro de como o tempo não apita na curva. E nem espera ninguém.