A minha bicicleta elétrica é substituta de carro, não é de bicicleta convencional. Ela pode substituir a ida a pé, o transporte público de forma eficiente e barata, a moto ou mesmo o carro, como é meu caso. Como opção a comprar outro carro para me locomover na cidade, optei pela bicicleta elétrica por diversos motivos. que explicarei ao longo do texto.
A bicicleta elétrica é cara? Depende, já existem diversos financiamentos e em conversa com um diretor do Sicoob aqui de Pedro Leopoldo, eles estão liberando uma linha de financiamento exclusiva para esta compra. Conforme uma pesquisa que realizei com mais de 700 pessoas em abril, 56% das pessoas estariam dispostas a adquirir uma bicicleta elétrica e 16% não sabem opinar, creio eu que boa parte mudaria de opinião depois de dar uma volta e ver a facilidade e praticidade de pilotar uma e-bike. Só para lembrar, a linha de financiamento serve para outras bicicletas também convencionais.
O primeiro passo é pesquisar, eu gosto demais da minha e fiz o contato para a compra para mais 2 amigos. As deles são mais modernas, a minha ainda é com bateria de chumbo, a deles, de lítio, que são pouco mais caras, mas a durabilidade é muito maior, além do peso menor. E elas ainda vieram com setas, que tenho que instalar na minha, e amortecedor traseiro que é quase uma obrigação na cidade enquanto ninguém tiver coragem de fazer asfalto de verdade. Ainda mais se pretende levar criança, se sozinho a gente treme, com menino periga perder ele no caminho.
Pela principal subindo vai beleza, é só seguir a lógica dos carros, como a via é lenta, vai que é uma beleza, mas não dá para voltar na contramão, na verdade, nem as convencionais deveriam, mas as elétricas atingem velocidades maiores e é perigoso, Como o esforço é mínimo, compensa passar pelas esburacadas ruas do fundo.
Precisamos cobrar uma ciclovia na principal urgente. Quando eu for vereador, vou abrir minha fala todos os dias perguntando cadê a ciclovia prevista no Plano de Trânsito que custou 162 mil reais em dezembro de 2015. Apesar de que a bicicleta elétrica não se encaixa dentro das ciclovias em todos os casos. Talvez entre bairros, não na principal, mas pelo menos veremos pela primeira vez um carro lado a lado andando na principal, onde desviamos de bikes vindo igual o jogo de enduro do Atari (se não entendeu, pergunte seu tio).
Reduz a venda para os comércios? Pelo contrário, pesquisas mostram que aumentam, principalmente se houver segurança para locomoção. Eu fico na maior alegria quando tenho que ir à rua na bike elétrica, às vezes vou até à toa mesmo, arrumando uma desculpa.
Sobe morro? Depende, o da copasa não, aliás, nem carro mil sobe bem ali, mas eu moro no Sonia Romanelli e subindo pelo morro da rua principal e passando pelo Ksa Rosa, chego praticamente sem pedalar, belezura demais, só perde para a descida, como é bom descer cedo sem carro.
É cara? Depende, mas uma boa mesmo varia de 3,5 a 5 mil reais (varia com o dólar), que dentro de uma linha de financiamento se paga e muito bem e se considerarmos uma passagem de ônibus hoje, ela se paga tranquilamente ou a diferença fica pequena e ao final do financiamento, ela é sua.
Trem é tão bom que se eu tivesse tempo montava uma loja de bike com direito a teste drive e parceria já direto com o financiamento do Sicoob, sabia que até pensei? É uma oportunidade e tanto, quem quiser umas dicas, pode me procurar. O crescimento foi assustador neste ano, chegando a 118% durante a pandemia, até a Harley-Davidson está lançando uma linha.
Quem quiser dar uma volta também, me procure, cedo com o maior prazer do mundo, é assim que se muda o mundo, quando as coisas importantes e que mudam estruturalmente não só a nossa vida como da cidade acontecem de forma simples e direta.
Se você ainda acha que bicicleta elétrica é coisa de preguiçoso, um mimo ou meramente um lazer, repense, o mundo tá mudando, mude também. Depois te conto mais.