Nesta última matéria da série dedicada aos cinco anos da BicaGaloPL, o site AQUI PL reforça a importância de iniciativas semelhantes – e o exemplo que elas podem vir a ser – em um momento de crise moral do futebol e das próprias torcidas. As falcatruas no Cruzeiro, por exemplo, que envolvem inclusive pagamentos a torcidas organizadas, são sintomas de uma enfermidade crônica, para a qual só mesmo iniciativas saudáveis como a BicaGalo são receitas eficazes e éticas.
A torcida pedro-leopoldense foi uma ideia de Maurício Albano, o Mauricio da Padaria Jaques, que se consolidou em um encontro de atleticanos no dia 9 de fevereiro de 2015, no bar do Marquinho. Tendo como primeira presidente a jornalista Fernanda Carina, de lá para cá ela não só cresceu junto aos torcedores do time na região como também passou a ser reconhecida pelo próprio Clube Atlético Mineiro, cada vez mais próximo da BicaGalo. Não é à toa que a diretoria e jogadores do time prestigiam eventos que estão se tornando tradicionais, como a Galofest e a OktoberGalo.
Presidente da associação entre 2018 e 2019, Emiliano Braga dedicou sua gestão junto a Juliano Pato Roco à organização da torcida, com uma agenda que incluía não só as festas, mas também muitas ações de rua, dentro de outras festas e até nos estádios, além de muito planejamento. Um conjunto de ações que fez da BicaGaloPL uma das maiores – e seguramente mais bem organizadas – torcidas do estado. E que eles entregam agora a seus sucessores, Juliano Fagundes e Ana Paula Santos, certos de que este é um time vencedor, preparado para qualquer desafio.
“Eu sempre gostei muito de estruturação e, seguindo isto, criamos um estatuto, trabalhamos em cima do registro da marca, da oficialização da associação e contratos de licenciamento das nossas camisas com o Atlético, entre outras ações”, cita Emiliano. Um trabalho que deu frutos: desde 2018, as camisas da BicaGalo são licenciadas e isso ajuda o Atlético a medir sua capilaridade, além de ampliar receita. Só do modelo 2018/2019, foram produzidas 580 camisas em pouco mais de um ano.
Em sua atividade como gestor à frente de cinco empresas, Emiliano segue uma máxima de seu pai e mentor, Marcos Geraldo, fundador da MGS. A de que um negócio, para ser bem-sucedido, deve impactar positivamente a vida das pessoas. “Ele me ensinou que o nosso trabalho deve trazer valor não só para nós e nossas famílias, mas também para nossos colaboradores e clientes, para o meio ambiente e para a comunidade”, observa. “Prova disso é que as empresas que estão dando certo têm como característica comum uma forte consciência de responsabilidade social e, como tal, ajudam a melhorar a vida das pessoas”, completa.
Um conceito que se repete na BicaGaloPL. São cinco anos de eventos vitoriosos, muito prestigiados, cuja contabilidade traz como resultado mais desejável a efetividade de ações de ajuda a quem precisa. “Não houve sequer um grande evento nesses cinco anos que não incluísse ações sociais. Isso tem a ver com o que somos e o que pensamos: que as nossas ações só têm sentido se melhoram a vida das pessoas”, aponta Emiliano.
Assim, as memoráveis festas da BicaGalo sempre incluem doações de alimentos, troca de ingressos por presentes para crianças carentes e até mesmo levar torcedores aos jogos do time, realizando o desejo de quem não teria outra maneira de ir. “São ações que a gente realiza de coração aberto e nos trazem tanta alegria, ou mais, que uma vitória do Galo”, garante Emiliano.