Um incêndio de grandes proporções atinge parte da Fazenda Modelo. O fogo está atravessando a estrada e não deixa automóveis e mesmos pessoas passarem tanto para Santo Antonio da Barra quanto para o Coqueirinho. A Defesa Civil interditou o trânsito nos dois sentidos e, consequentemente, para Tapera, Ferreiras, Jardinópolis e Vera Cruz. Os alunos do colégio M2 foram dispensados das aulas no turno da tarde, devido à quantidade de fumaça nas dependências da escola.
Sem entrar no mérito de que a maioria dessas ocorrências são causadas por ações humanas, a verdade é que a cidade não tem como enfrentá-las. Pedro Leopoldo e todo o vetor norte não têm Corpo de Bombeiros. Vespasiano já teve uma guarnição e a Ciminas, antigamente, tinha uma brigada, que formou brigadistas e era muito útil nestes casos.
Recentemente, a o centro da cidade enfrentou pelo menos três incêndios de vulto: o que destruiu, no dia 25/5, boa parte de um casarão tombado na praça Dr. Senra; outro em uma casa da rua José Leroy no dia 23/7 e o da pensão do Paraíba, na rua principal, no dia 01/8. As ocorrências, por sorte, não adquiriram grandes proporções. E a expressão “por sorte” não está aí por acaso: na casa da praça, os bombeiros só chegaram quatro horas depois que o fogo começou, por falta de unidades disponíveis. Ao dominarem o fogo, impediram que o prédio de apartamentos ao lado fosse atingido. A pensão do Paraíba, por sua vez, está localizada no hipercentro da cidade, em região de comércio.
São evidentes os riscos e prejuízos para o meio ambiente, a saúde de crianças e idosos e para o patrimônio histórico e imobiliário da cidade. Ou seja, a cidade precisa de um corpo de bombeiros. Esta é uma proposta que deve estar em todos os programas de governo dos candidatos à prefeitura. Ou deixaremos a cidade queimar?