Não sei você, caro leitor, mas meu sonho é viver em uma cidade inteligente.
Mas o que são cidades inteligentes? São cidades humanas, com foco na qualidade de vida do cidadão, com líderes inteligentes, ou seja, com visão estratégica, sustentáveis socialmente, economicamente e ambientalmente e sobretudo, eficiente.
Cidade eficiente é aquela que utiliza da tecnologia para economizar tempo e dinheiro, principalmente em serviços essenciais, e pra isso conta com o auxílio de 4 agentes de inovação: o Servidor Público, o representante do setor privado (empresário), o professor ( da educação infantil à universidade ) e a sociedade civil organizada ( incluindo aqui o cidadão comum ).
Para se implementar uma cidade inteligente e eficiente, primeiro é necessário fazer 3 perguntas: qual cidade nós temos? Qual cidade nós queremos? Quais as ações necessárias? A segunda pergunta eu respondi no primeiro parágrafo (pelo menos de acordo com meu desejo como cidadão), a resposta da primeira nós damos todos os dias quando cobramos mais saúde, transporte, lazer de qualidade, dentre outros serviços essenciais. Já quanto a terceira, estamos perdidos, completamente perdidos, e é hora de organizar, mas como? Usando a inteligência, ou seja, a tecnologia a nosso favor.
A Estônia, pequeno país do leste europeu e ex-integrante da União Soviética, começou a implementar seu modelo de democracia digital lá no início dos anos 90, logo após sua independência do antigo bloco socialista.
O Brasil, principal país da América Latina, com dimensões continentais. está muito atrasado. Será somente culpa dos governantes? O que ainda não estamos fazendo? Não estamos participando efetivamente da aceleração de projetos! Não estamos utilizando a tecnologia como nossa aliada!
Temos diretrizes na legislação nacional que nos favorecem, mas não aproveitamos. Essas diretrizes nos trazem mais de 20 instrumentos, dentre eles o PPA (Plano Pluri-Anual) que está sendo feito neste primeiro semestre para ser implementado até o dia 31 de agosto, é preciso acompanhar sua criação e sua implementação, pois seu conteúdo será o guia da cidade pelos próximos 4 anos, ou seja, este primeiro ano de gestão é essencial para o futuro próximo de nossas cidades.
Somente com uma atuação eficaz dos chamados agentes de inovação nos instrumentos de participação popular, bem como na criação, fiscalização e cobrança de políticas públicas teremos uma cidade eficaz, uma cidade inteligente, a cidade que queremos!
E como podemos começar? Aliando a insatisfação com a cidade que temos, com a capacidade de ver possibilidade de mudanças, usando cidades inteligentes mundo a fora como exemplo, através da educação político/socioambiental de base pública e de qualidade.