FPL debate novas tecnologias de gestão industrial

FPL debate novas tecnologias de gestão industrial

Como a universidade pode contribuir na transformação e evolução do processo industrial? Para responder a esta questão, a FPL convidou dois profissionais com larga experiência em gestão empresarial para uma troca de ideias com dirigentes de indústrias da região. Empresários, diretores e gerentes em áreas de Gestão Industrial (produção, qualidade, processos, logística) assistiram às palestras e tiraram dúvidas com o gerente industrial da Medphacos, Charles Galvani e o consultor e professor Arildo Rodrigues.

“Este tipo de encontro tem a função de conectar as necessidades do mercado às tecnologias que já existem e que muitos empresários não conhecem. A área acadêmica não é a área da verdade, é a área da discussão, então nós vamos debater sobre qualquer tema e procurar algum caminho, solução, algum aporte de conhecimento ou de suporte para a empresa”, definiu o diretor da FPL, Eduardo Nassif.

No auditório da FPL, a gestão de qualidade foi o tema principal. Para Nassif, este é o caminho para construir um ambiente de discussão. “É um passo de cada vez; vamos promover outros encontros e o objetivo é ter a comunidade cada vez mais presente”, acrescentou.

O professor Arildo Rodrigues, que presta consultoria para grandes empresas, sugeriu uma convivência cada vez mais estreita. “A universidade deve ver as necessidades das empresas, focar no que elas precisam e formatar cursos de capacitação para atender a estas necessidades”, disse. Para ele, encontros como o promovido pela FPL têm um objetivo nobre: “eles estimulam as pessoas a serem melhores”.

Rodrigues aconselhou que tais eventos sejam realizados continuadamente, pelo menos a cada três meses e trazendo, além de líderes de empresas, também outros setores da comunidade que se interessam em crescer. “A universidade é uma porta de entrada para aproximá-los de quem tem domínio de mercado e conhecimento, de maneira a chegar ao máximo de pessoas”.

Um dos empresários presentes foi Ronaldo Camargo de Souza, diretor-geral da Haver & Boecker, empresa de bens de capital e serviços que tem duas importantes plantas em Pedro Leopoldo. “É sempre bom falar daquilo que a gente encontra no dia a dia da empresa, mas principalmente aprofundar temas que se refiram a qualificação de pessoas e negócios, e como a gente consegue encaixar tudo isso”, observou.

O executivo acredita que este tipo de encontro traz conhecimento atrelado à prática, através de profissionais que têm muito a agregar. É uma oportunidade de mostrar o que está sendo feito para desenvolver o que a gente precisa de país”, disse Souza. “É papel da escola fazer a conexão entre o mundo que o estudante vai viver através da integração e interação com as empresas. Para além do conhecimento teórico, é preciso inserir os alunos no meio em que eles vão viver nos próximos 30, 40 anos”, acrescentou.

Também da Haver, o gerente de Qualidade Giovanni Costa vê nesses eventos a oportunidade de rever conceitos, mas principalmente multiplicar e repassar o conhecimento adquirido, através da troca de experiências entre os profissionais das empresas.

Qualidade é comportamento, define Arildo Rodrigues

As palestras

Em sua palestra, Charles Galvani afirmou que “se você não tem problema, você está com um problema”. Para ele, as premissas para um bom processo industrial passam por três variáveis:  gestão de pessoas, processos e resolução de problemas.  A base, segundo ele, é ter um método para resolução de problemas e um ambiente saudável para as pessoas falarem sobre eles.

“Para resolver os problemas, eles têm que aparecer e as pessoas têm que estar seguras para falar sobre eles. O ideal é reunir uma equipe multidisciplinar, com alguém da produção, da qualidade, do laboratório, enfim, pessoas com visões diferentes, para ter respostas diferentes”, concluiu Galvani.

Arildo Rodrigues, por sua vez, sustentou que gestão e controle de qualidade é um assunto de extrema importância para a produção. “Ela era feita de uma maneira há dez anos e não somos capazes de responder como será feita em 2027. E não estamos nos preparando para isso”.

De acordo com o consultor, o mundo mudou e os caminhos que nos trouxeram até aqui não são do mesmo tipo e espécie dos que nos poderão conduzir daqui para a frente. “É preciso ter disciplina e foco e parar de dar tiro para todos os lados. Temos que enfrentar um problema claro: a indústria brasileira é das que mais perderam competitividade no mundo”.

Para Rodrigues, com planejamento e objetivos claros, definidos com rigor, as coisas acontecem. O foco é risco, em setores que passarão a ser auditados. “Qualidade é comportamento, é não jogar fora recursos que não me pertencem. É também simplicidade, pensar na pessoa que vai usar o produto e ter empatia com ela, é prevenção para evitar problemas. Neste contexto, um novo nível de competência é exigido”, apontou.

Bianca Alves

Criadora e editora do projeto AQUI PL, é formada em Comunicação Social pela UFMG e trabalhou em publicações como os jornais O Tempo, Pampulha, O Globo; revistas Isto é, Fato Relevante, Sebrae, Mercado Comum e site Os Novos Inconfidentes

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