Em minhas pesquisas sobre a historia de Pedro Leopoldo, abro uma revista AQUI PL de outubro de 2013, ou seja, de onze anos atrás. E encontro estas notas:
Ora, não é de hoje que a imprensa local reclama essas coisas. E não é de hoje que os administradores da cidade falam em um projeto para a fábrica, assunto que tomou corpo no início deste século. Já no primeiro mandato de Tadeu, a ideia entrou no papel. E lá ficou. Houve até abraço na fábrica, com a participação do vereador Marião, que virou prefeito e deixou tudo como estava. Marcelo, que foi prefeito duas vezes, também nada fez.
Um mistério digno de constar na coluna do Beto Braga. Afinal, que poder esses “donos da fábrica” têm, que a cidade sequer pode se aproximar de uma cachoeira que é da União e, como tal, é de todos nós? Por que o Parque do Capão não se transforma em Parque do Capão?
Por que aquela área não pode ser um espaço público para nossas crianças e jovens, vicejando ao redor de um centro cultural, com oferta de todas as artes, como já acontece com a única experiência que temos no setor, que é a escola de música da Corporação Musical Cachoeira Grande? E que, aliás, vem do tempo de Cecé.
A Fábrica de Tecidos, marco histórico da primeira revolução industrial do município, deixou de funcionar em 1998. Desde então, aquilo ali pode ser tudo: garagem de ônibus, calderaria, o que for. Infelizmente, só não pode ser nossa.
Nos últimos vinte anos, tal qual o aquecimento global, a decadência daquele espaço é cada vez rápida. A cada dia perdemos um pouco da fábrica – e tudo o que ela representa em qualidade de vida para a cidade. E não estou falando não só do que ela registra de passado, mas o que ela poderia nos trazer de futuro – um espaço arborizado, amplo, bonito, agradável e o mais importante: de todos nós.