O prédio que está sendo construído na esquina da rua principal com a Francisco de Azevedo, no terreno onde era a casa do ex-prefeito Cecé, terá seguramente as lojas de aluguel mais caro da cidade. Consultadas informalmente, fontes do mercado revelam um valor em torno de 12-14 mil por mês. A primeira loja, uma farmácia da rede DrogaClara, já está sendo finalizada para abrigar o empreendimento.
Como todas as novas construções, o prédio obedece ao recuo mínimo de 2 metros, estabelecido pelo Plano Diretor. Isso quer dizer uma calçada maior e, consequentemente, um espaço mais amplo para a mobilidade dos pedestres. O que é louvável, sustentável e justo, principalmente numa cidade onde os passeios estão em condições lamentáveis, cheios de buracos que ameaçam a integridade física dos cidadãos, em especial idosos e grávidas.
O problema é que o passeio do novo prédio, se ainda não tem buracos, tem rampas. Isto mesmo, ele não é reto. Ao contrário, vai caindo da entrada das lojas até a rua, como se houvesse uma entrada para carros em todas elas. Sendo assim, não permite que as pessoas, principalmente as mais frágeis, se equilibrem ao trafegar por ele. Afinal, o passeio vai “descendo” para rua e tombos e desequilíbrios já foram relatados.
O mais estranho é que a rua é reta e o lote também era, talvez num nível um pouco acima da rua, o que deveria ter sido corrigido pelo projeto. Mas, ao que parece, não foi. E o declive está lá.
(Esta matéria está com os comentários abertos no Facebook e Instagram, para que engenheiros e urbanistas se manifestem. Os comentários técnicos serão adicionados à matéria)