Nesta sexta-feira, 30 de dezembro, a cidade de Funilândia, a 80 quilômetros de Belo Horizonte, faz 60 anos de emancipação política. Desmembrada de Jequitibá, ela foi elevada à categoria de município pela Lei Estadual n°. 2764, de 30-12-1962.
Mas suas origens remontam ao século XVII, quando, em 1670, um bandeirante de barbas longas e brancas – que a população passou a chamar Borba Gato – desceu o rio das Velhas, fazendo parada às margens de uma formosa lagoa. Entusiasmado com a excepcional qualidade das terras e a fartura d´água, o sertanista se fixou junto ao ribeirão Jequitibá.
De espírito religioso, logo construiu uma capela e, ao lado, um cemitério, iniciando-se, assim, o povoado. A primitiva povoação, núcleo da atual cidade, surgiu com o nome de Funil, nome dado a esta Cidade pelo encontro dos córregos Cabaceiras e Gurita, por causa de sua topografia.
Com mais de 4 mil habitantes, Funilândia esbanja simpatia e qualidade de vida. Sua economia se baseia na Agropecuária e no setor de serviços, mas a cidade também oferece atrações turísticas, como o patrimônio histórico e as paisagens junto ao rio das Velhas. Merecem ser visitados o Centro de Artesanato e as feiras, assim como eventos muito especiais, caso da famosa Festa do Cavalo e das celebrações de Nossa Senhora do Rosário, com os congados.
“É um lugar muito agradável, muito tranquilo, sem poluição do ar ou sonora”, destaca o médico Marcus Marinho, que tem profundas ligações familiares e de afeto com a cidade. Descendente da família Garcia, ele iniciou sua vida profissional em Funilândia. Em 2004, quando se formou em Ciências Biológicas, foi coordenador da Vigilância Sanitária e, posteriormente professor do Ensino Fundamental na Escola Sagrado Coração de Jesus.
Depois de formado em Medicina, voltou a trabalhar na cidade como ginecologista e obstetra, fazendo consultas, pré-Natal e partos. As cesarianas eram encaminhadas por ele a Pedro Leopoldo, onde é plantonista da Maternidade Eugenio Gomes de Carvalho. Foi também coordenador do Laboratório Municipal.
“Nesses quase 20 anos, eu pude ver o crescimento e a evolução da cidade, que hoje tem mais infraestrutura e recursos, inclusive de lazer”, observa o médico que, desde sempre, frequentou a cidade para visitar tios e tias do lado paterno.
Há seis anos, ele comprou uma casa no bairro Lagoa Bonita, onde vive seu pai Waldemar Pereira Marinho, o Deco, hoje com 85 anos. Dr. Marcus é um entusiasta do carnaval e costuma participar do desfile no bloco Ticatá, além de patrocinar eventos sociais e religiosos.
“Sempre que posso, estou contribuindo da melhor maneira possível para que Funilândia seja uma cidade cada vez melhor. Alguns membros da minha família estão sepultados aqui, inclusive minha mãe. Meu elo com a cidade tem então um significado forte, que está no lado esquerdo do peito”, observa o médico.
“Em uma data tão importante como são os 60 anos de emancipação, eu me sinto orgulhoso de fazer parte dessa história. Quero também parabenizar os prefeitos que estiveram à frente do desenvolvimento de Funilândia, em especial aqueles com quem trabalhei: Zé da Gurita, Leo e Edson Vargas”, acrescenta.