Assim que a Heineken anunciou que não construiria sua fábrica em Pedro Leopoldo, surgiram pretendentes de todos os lados. Cidades mineiras mostraram suas qualidades para abrigar o empreendimento holandês, enquanto os pedro-leopoldenses, atordoados, viam escapar pela janela o maior investimento de sua história.
A reação não tardou. Uma peça publicitária, semelhante às de outras cidades, surgiu nas redes sociais, pedindo à Heineken que cumpra o planejamento inicial e se instale aqui. Uma manifestação já está marcada para a manhã deste domingo, na praça da Prefeitura. Profissionais liberais, jornalistas, publicitários, empresários, políticos, operários, enfim, todos os cidadãos da cidade se juntaram nesse esforço para manter aqui o investimento de quase R$ 2 bilhões. Afinal, nós chegamos primeiro.
Os órgãos ambientais têm razão ao exigir mais cuidados. Afinal, a engenharia evoluiu e está aí justamente para contornar e solucionar problemas ambientais. O meio ambiente e o patrimônio arqueológico, aliás, só têm a ganhar com a presença e possíveis parcerias com a empresa. Afinal, como ficou claro no comunicado de desistência, a Heineken tem um nome a zelar. E é esse nome, associado a sustentabilidade e crescimento econômico, que a imensa maioria da população de Pedro Leopoldo quer atuando aqui.