Movimento #euqueroaHeinekenaqui confirma manifestação em frente ao ICMBio

Movimento #euqueroaHeinekenaqui confirma manifestação em frente ao ICMBio

Após suspender a manifestação marcada para a última semana, para aguardar a visita de dos técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ao terreno onde as obras de construção da fábrica da cervejaria Heineken foram embargadas, o movimento #euqueroaHeinekenaqui confirma a mobilização dos integrantes da iniciativa popular. O protesto será realizado nesta terça-feira, 19/10, às 11h, em frente à sede do órgão federal, em Lagoa Santa.

Representantes da sociedade civil organizada se reunirão no local com o objetivo de sensibilizar os órgãos ambientais acerca da importância do alinhamento entre as instituições para que a construção da fábrica da cervejaria Heineken seja viabilizada. Com o mote “Mais que liminar, empreendimentos precisam de segurança jurídica”, o movimento ressalta que a manifestação será pacífica e que a Polícia Militar foi comunicada.

O movimento #euqueroaHeinekenaqui teve início após o sentimento de frustação com o embargo das obras de construção da fábrica da Heineken em Pedro Leopoldo. Organizada por lideranças de diversos segmentos da sociedade civil, a iniciativa não possui intenção política ou partidária e nenhum vínculo institucional com a cervejaria.

O embargo das obras de construção da unidade de produção da cervejaria Heineken foi realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. De acordo com os participantes, o intuito é levantar informações e promover o diálogo amplo acerca dos impactos negativos que o cancelamento da instalação do empreendimento pode causar na região.

No dia 07 de outubro, a Justiça de Minas Gerais autorizou que Heineken retome a construção da fábrica.  Porém, a cervejaria não continuará com os trabalhos no terreno até que ocorram todos os alinhamentos necessários para a definitiva retomada.

Em comunicado publicado nos perfis criados para o movimento #euqueroaHeinekenaqui, os organizadores destacam a preocupação com as potenciais perdas socioeconômicas para a região caso a fábrica não seja instalada, e até mesmo com os problemas causados pela paralisação. E para mostrar o que de fato está acontecendo, o movimento articula ações pelas redes sociais para manter a sociedade informada acerca dos processos e é uma forma de mostrar que a população está a favor da vinda do empreendimento, que pode atrair benefícios para o Vetor Norte e o estado de Minas Gerais.

Para entender

As obras de construção da fábrica da cervejaria Heineken, em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foram embargadas por determinação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente -, que também enviou ofício à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) sobre as licenças prévias concedidas em âmbito estadual. A avaliação feita pelo ICMBio considerou insuficiente o estudo feito pela empresa contratada pela Heineken, a Pöyry Tecnologia, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia.

Os impactos positivos na economia da região já começavam a ser percebidos desde o início da obra, há dois meses, com a contratação de mão de obra local, movimentação em hotéis, restaurantes, locações e diversos serviços. A estimativa de investimento total, em todas as fases de implantação, é de 500 millhões de euros por parte da cervejaria, com a geração de 350 empregos diretos, mais de 2000 postos de trabalho indiretos, além do imensurável reflexo em toda a cadeia econômica das cidades do Vetor Norte de BH.

Diante do anúncio do embargo, foi criado o movimento #euqueroaHeinekenaqui, que iniciou uma série de ações para tratar o assunto de forma clara e isenta. A primeira ação do movimento foi buscar informações sobre o licenciamento concedido para o início das obras. Os documentos comprovam que a Heineken, atendendo a DN COPAM 217 /2017, apresentou todos os estudos referentes ao empreendimento, que por sua vez foram analisados e aprovados pelos técnicos da Semad. O que existe é uma discordância entre o órgão responsável pelo licenciamento ambiental em Minas Gerais e o ICMBio, que aponta a inconsistência dos estudos. A partir da análise dos documentos preliminares, o grupo acredita que empresa Heineken agiu na legalidade e teve as licenças prévias e de instalações concedidas pelo órgão responsável.

Nos perfis oficiais, o movimento #euqueroaHeinekenaqui esclarece que não há nenhuma intenção de julgar as ações do ICMBIO ou minimizar a importância dos assuntos relacionados ao meio ambiente.  As postagens visam pedir aos órgãos responsáveis celeridade e máxima coerência nos julgamentos, além de esclarecimentos do que precisa ser atendido por parte da empresa para que as obras sejam restabelecidas dentro de um equilíbrio socioeconômico e ambiental.

Redação

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