O cartaz afixado nas paredes do P.A. deixa claro o colapso da assistência pública aos doentes de Covid-19 em Pedro Leopoldo. E não há sequer uma indicação para o cidadão “com sintomas gripais” procurar orientação ou atendimento. O vereador diplomado Matheus Utsch pergunta: cadê o novo hospital adquirido para isto? Mais de 6 milhões gastos só na compra do imóvel, fora os equipamentos e despesas com pessoal? Se era um hospital para a primeira onda de Covid, deveria estar funcionando…”
As críticas do novo vereador – que toma posse no próximo dia 1º de janeiro – não se restringem à administração que deixa a prefeitura. “Cadê o novo secretário para exigir medidas de segurança? Para avisar o que será feito?”, questiona Utsch, já que a prefeita eleita Eloisa de Tadeu sequer anunciou seu secretariado, a dez dias da posse na administração do município. Há especulações de que o secretário de saúde será o médico Hélio Viana Nery, que é funcionário da prefeitura no setor de Vigilância.
A situação se mostra mais grave na medida em que as aglomerações de Natal e Reveillon mostrarão suas consequências na primeira quinzena de janeiro, com o aumento óbvio no número de contaminados e doentes. Se agora o município não consegue atender suspeitos de Covid, o que acontecerá em janeiro, já na nova gestão? “Esta é uma situação que deixa a população insegura e ansiosa. Está nas mãos das administrações, da que sai e da que entra, tomar providências e anunciá-las para tranquilizar os pedroleopoldenses, tanto na fiscalização de eventos que possam provocar aglomerações e cumprimento dos protocolos de segurança, quanto na ampliação da estrutura de atendimento”, aponta o vereador.