A mudança no Plano Diretor, transformando a área de amortecimento do Parque do Sobrado em zona urbana, teria que ser aprovada por dois terços da Câmara. A oposição de três dos vereadores – Marcus Marinho, Pastor Zé Maria e Toninho da Distribuidora – e a ausência de Alex da Farmácia, que se isolou porque teve um funcionário afastado por Covid-19, acabaram fazendo com que o projeto saísse da pauta. Os três vereadores não concordam com a votação sem o plano de manejo, que definirá as condições para o aproveitamento da área.
É bom lembrar que o plano não impede nenhum tipo de empreendimento comercial ou residencial, apenas indica as condições necessárias para que o impacto seja o menor possível para o parque, o que inclui, por exemplo, medidas compensatórias.
Chamados pela Frente Socioambiental, entidade local que reúne organizações e pessoas em favor das causas ambientais, dezenas de pedro-leopoldenses se reuniram na p0rta da Câmara, para protestar contra o aprovação do projeto, que aconteceria sem debate, sem plateia e a pouco mais de um mês do final da legislatura. Posteriormente, mais dois vereadores, Fred Piau e Geraldo Loro, também disseram aos manifestantes que não aprovam o projeto sem o plano de manejo.
O presidente Paulinho da Farmácia ainda pode colocar o projeto em votação na próxima reunião, que será a última do ano, ou convocar uma reunião extraordinária. Caso isso não aconteça, segundo o ex-vereador Júlio Cesar Lopes, o projeto terá que ser arquivado, “pois não poderia passar de uma legislatura para outra”.